Essa dicotomia é uma bobagem, fantasiosa. Trotsky foi um grande comunista, mas cometeu inúmeras besteiras na vida. E mais ainda seus seguidores, alguns bem lunáticos. Como avançar com o movimento comunista nos anos 20, anos 30 na Europa e em outros continentes sendo que potências poderosíssimas estavam armadas até os dentes e tinham naquele momento os movimentos de contestação ao capitalismo como seu principal inimigo?
Acham que é apenas chegar em um país, abrir umas bandeiras vermelhas e, por osmose, a população virará comunista e fará a revolução? A tentativa de armar um levante em um outro país é o primeiro precedente para uma guerra. E seria uma guerra que a URSS fatalmente perderia -- lembremos a situação interna do país, que era frágil.
Stálin -- que era um idealista dentro do movimento comunista -- acertou ao afirmar que o socialismo tinha de se firmar na URSS. E isso não significou que a idéia de internacionalismo foi abandonada, como alguns tentam asseverar. Um exemplo disso foi o PCB, que durante muito tempo teve íntima ligação com o PCUS e recebeu de lá a diretriz para o Levante Comunista de 35. O PC da União Soviética durante décadas ajudou o PCB. E isso, segundo trotskistas, jamais poderia acontecer, porque a URSS teria recusado a luta internacional.
Que bobagem e que discurso panfletário, pois. A discussão é muito mais complexa que aquela produzida e reduzida a esquemas de manuais de cursinho para vestibular.
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