Nós,
comunistas, somos historicamente opositores da ideologia representada pela
suástica nazista e não poderíamos deixar de nos solidarizar com os companheiros
do PSOL, repudiando veementemente o vil ataque sofrido pelo partido, em sua
sede.
O
país atravessa um momento de acirramento da luta política e está clara uma polarização que coloca, de um
lado, os trabalhadores e defensores de avanços que possam culminar com uma
sociedade mais justa, e de outro, aqueles que defendem os privilégios das
classes dominantes. Não acreditamos que estejamos lidando propriamente com
defensores do Nazismo e de sua ideologia. O que torna tudo mais triste e
patético. Pessoas ligadas à classe dominante, diante do crescimento de
organizações que se posicionam a favor dos trabalhadores, valem-se desse
símbolo sinistro, com o intuito de trazer uma memória de violência, de opressão
e de barbárie.
As
últimas eleições, e seus desdobramentos, fizeram com que muitas máscaras
caíssem. Há, entre nós, infelizmente, aqueles que ainda relutam em ver que as
classes dominantes sugam as forças de nossos trabalhadores, desde sempre, e se
locupletam com as riquezas de nosso país, em detrimento da justiça social,
perderem os seus privilégios históricos. O ataque sofrido pelos companheiros do
PSOL é prova inconteste de que essas forças estão organizadas e têm, como
sempre tiveram, o viés da violência.
O
Socialismo prega a paz, enquanto valor a ser alcançado, com uma sociedade sem
classes, sem cobiça, sem ganância. Muitos chamam esse sonho de utopia.
Entendemos que utópico é viver em um mundo dividido entre aqueles (poucos) que
têm muito e muitos que não têm nada e ainda conceber essa sociedade como justa.
Os famintos e segregados sempre foram alijados em seu direito a ter voz e
espaço, mas nunca deixaram de lutar. Nossas armas são a organização, o
idealismo, a força e a ação política. Lutamos de forma clara e sem subterfúgios
que denotem a falta de aceitação das regras. Se o que temos é uma estrutura de
poder baseada nas eleições e na “democracia” burguesa, lançamos candidatos,
defendemos nossos pontos de vista e nos organizamos. Sempre dentro das regras
preestabelecidas. Se o cenário for outro, um dia, estaremos prontos para a
luta, honrando aqueles que não fugiram de suas obrigações, como
revolucionários. Mas não somos covardes! Não fazemos ameaças veladas, anônimas,
espúrias. Não nos escondemos nas sombras da noite, para ameaçar quem quer que
seja e não admitimos que companheiros de luta valorosos sejam ameaçados.
O
PSOL tem uma história recente, mas de muito valor, na luta pelo socialismo. A
sigla traz Socialismo e Liberdade como bandeiras. Nós, do PCB, lutaremos com
todas as armas das quais dispusermos, para que essas bandeiras, que também são
nossas, por serem de todos os progressistas, não sejam atacadas por aqueles que
defendem o obscurantismo.
Há
uma espécie de transe coletivo, controlando a mídia e setores organizados das
classes dominantes, clamando por “intervenção militar”, “ditadura”, “golpe” e
outras aberrações. Esse ataque é um exemplo de que o perigo existe. Mas eles
não ficarão sem resposta.
Que
todos os trabalhadores estejam unidos, para que possamos combater, sem trégua,
quaisquer ataques à liberdade e à nossa luta por Justiça, Pão e Paz.
Saudações
socialistas.
PCB
- Partido Comunista Brasileiro - Base de São José do Rio Preto
São José do Rio Preto, 7 de dezembro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário