18/01/2016

Pequeno-burgueses choram por Kataguiri na Folha. Eu celebro.

Colunista "progressista' ironiza contratação do Kim.
O dia amanheceu com uma bomba para alguns: Kim Kataguiri, jovem ativista da causa do libertarianismo no Brasil, é o novo colunista da Folha. O rapaz, que foi uma das lideranças do movimento pró-impeachment, não completou sequer sua graduação em economia pois disse discordar dos seus professores. É ainda famoso por falar frases de efeito na internet e repetir mantras dignos de Constantino, Reinaldo Azevedo et caterva.

Mas volto ao ponto: bomba para desinformados, não para mim e para quem é marxista. A Folha é apenas um panfleto burguês -- sempre foi -- que escreve com linguagem "cool" (e assim ajudou a matar o Estadão, um tanto mais sofisticado no passado) para a classe média idiotizada. Muita gente da esquerda bonitinha, pequeno-burguesa, achava o máximo servir de espantalho pra direitona que se apropria da suposta linguagem plural do jornal pra disseminar sua visão porca de mundo.

Essa gente, se julgando como arautos do conhecimento e do que deve ser a esquerda, versando sobre o mundo sempre com base em factualidades e nunca com uma visão totalizante, agora chora ao se ver alocados no mesmo patamar de um relés idiota da internet.

O choque deve ser grande pra quem está apartado da realidade, mas ele era necessário, sem dúvida. A esquerda pequeno-burguesa, de uma miséria intelectual que semelhante só encontramos do lado de lá, na direita, não entende nada de nada e adora travestir sua defesa do capitalismo com o progressismo onguista de classe média que é hoje indubitavelmente uma das grandes travas à classe trabalhadora no processo de tomada de sua consciência revolucionária.

Ver essa gente em choque e cientes da sua insignificância (imagine só o que é ter no currículo ser colunista da Folha ao lado do... Kim Kataguiri) é algo que me deixa tão, mas tão alegre que não posso fazer outra coisa que não festejar: parabéns, Kim! Muitos e muitos anos pra você na Folha. E que você traga outros como o Constantino, Olavo... e seus leitores.

Os pequeno-burgueses choram. E eu celebro. Patéticos.

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